terça-feira, 30 de setembro de 2008

Curisosidades Interesantes


Xeretando na internet atrás de algumas informações que pudessem ser curiosas sobre o xadrez, acabei encontrando o bom blog do Clube de Xadrez Amador de Fortaleza, cujo link disponibilizo neste nosso espaço (em, Blogs e Links).

O blog se chama "XADREZ CRIATIVO & MAGISTRAL", e com muita propriedade. Em uma de suas páginas, intitulada Generalidades, existe um tópico que versa sobre várias curiosidades interessantes sobre fatos históricos, personagens, torneios etc.

Disponibilizo o endereço da página em questão naquele blog, para facilitar a consulta dos interessados:

http://xadrezcriativoemagistral.wordpress.com/2007/12/27/bonitas-curiosidades-do-xadrez/

Divirtam-se....

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

O Retorno do Toldo....

Nobres Enxadristas de Rua..

No dia de ontem, 25/09/2008, foi recolocado o famigerado TOLDO NA CALÇADA DA CANTINA.

Dessa vez, temos um toldo retrátil e mais longo do que aquele que o Titio Kassab mandou tirar. Diferentemente do outro, este toldo abarca toda a área da calçada, realmente impedidno que chuvas e ventos mais fortes possam atrapalhar a prática do nosso xadrez.

Claro está, que essa iniciativa não tem apenas o nosso Xadrez de Rua como alvo. Porém, somos co-responsáveis pela compra desse novo abrigo. Não podemos deixar de considerar o respeito e interesse da atual administração da Cantina para com o nosso grupo. São novos tempos, pessoas diferentes, inteligências diferentes....

Fica aqui, portanto, a expectativa de realização do 5o. Torneio Aberto do Xadrez de Rua (provavelmente junto à Liga de Xadrez), o terceiro torneio a ser realizado na nossa tradicional "sede"....

Aguardem...

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Buchholz - Curiosidades Importantes


Marco Antônio Natal Gomes, mais uma vez, nos brinda com essa informação:


Caros colegas,
Retransmito um artigo publicado no site da Federação Portuguesa de Xadrez pelo Luís Costa.
Para conhecimento dos jogadores que ainda não sabem exatamente o que é o Buchholz.

REGRAS E REGULAMENTOS
A PROPÓSITO DO BUCHHOLZ

Uma das maiores curiosidades em termos de arbitragem nos últimos tempos tem andado à volta do Buchholz, daí que me pareça interessante esclarecer alguns aspectos a este respeito.

A primeira questão tem a ver com a própria definição de Buchholz. Com efeito, habitualmente entende-se Buchholz como a soma da pontuação dos adversários, um conceito introduzido pela FIDE, mas que não corresponde à definição exacta de Buchholz, mas sim a um outro sistema de desempate, que os mais antigos ouviram falar que é o Solkoff, inventado pelo norte-americano Ephraim Solkoff em 1949.

O Buchholz foi inventado pelo alemão Bruno Buchholz, e terá sido aplicado pela primeira vez em 1932. A sua discrição, tanto quanto pude apurar, foi publicada pela primeira vez no Ranneforths Schachkalendar de 1933. De acordo com a definição do sistema (que pode ser encontrada, por exemplo no The Oxford Companion to Chess ou no Larousse du Jeu D'Echecs), o Buchholz corresponde à multiplicação da pontuação de um jogador, pela soma das pontuações dos seus adversários.

Por razões que a razão deconhece a FIDE adoptou a terminologia Buchholz para o Solkoff, o que pode originar alguma confusão a quem vá jogar, por exemplo, torneios a França ou ao Reino Unido, onde permanece a terminologia original.

Surgiram adaptações do Solkoff/Buchholz, o mais conhecido é o sistema Harkness, proposto pelo norte-americano Kenneth Harkness, segundo o qual se devia calcular uma mediana do Buchholz. Assim num torneio suiço com menos de 7 sessões, devem ser retirados o melhor e o pior resultado dos adversários, de 8 a 12, os 2 melhores e os 2 piores, mais de 13 rondas, os 3 melhores e os 3 piores.

Isto decorria do facto de ser comum nos torneios de sistema suiço haver partidas não jogadas, por faltas nas primeiras sessões, abandonos ou "bye". Pouco depois, talvez o próprio Harkness (era uma organizador muito empenhado, que inclusivamente inventou um sistema de ranking, que foi adoptado pela federação norte-americana entre 1950-1960 - antes do Elo), verificou que tal não era suficiente, introduzindo a noção de Solkoff/Buchholz corrigido, no sentido de ajustar o resultado do Solkoff/Buchholz, de forma a o tornar mais justo. Houve várias versões desta "correcção", causando alguns diferendos, que seriam resolvidos quando em 1989 a FIDE tomou a decisão de definir o seguir factor de correcção: por cada partida não jogada, cada adversário marca meio-ponto, para efeitos do Buchholz. Isto significa, por exemplo, que um jogador ALPHA, que faltou à primeira sessão e desistiu de um torneio de suiço com 7 sessões, para efeitos do Buchholz corrigido, conta como tendo obtido um "score" de 3,5 pontos.

Além do sistema Harkness, há ainda dois outros sistemas que podem ser usados com base no Solkoff/Buchholz: O Sistema Brasileiro, em que apenas se retiram os piores resultados, nas mesmas proporções do Harkness, e o Sistema Jugoslavo, em que apenas se têm em conta os resultados corrigidos dos adversários que tenham realizado pelo menos 50% dos pontos do torneio.

Os sistemas do tipo Harkness, Brasileiro, e Jugoslavo, são geralmente referidos como derivações da mediana do Solkoff/Buchholz, na acepção matemática do termo.

Refira-se ainda que desde 1990 a FIDE passou a recomendar outros sistemas de desempate para torneios suiços, designadamente a soma do rating dos adversários (em torneios onde toda a gente tenha elo) e o progressivo (que os franceses chamam, com mais propriedade de acumulativo, dado corresponder à soma do total de pontos obtidos, ronda por ronda, subtraindo os pontos obtidos em partidas não jogadas), deixando cair o sistema Solkoff/Buchholz.

Em termos de aplicações informáticas, os dois programas de emparceiramento mais comuns em Portugal, Protos e Swiss Perfect, permitem algumas variações do Solkoff/Buchholz. O Protos tem várias versões pré-programadas, sendo limitado a essas opções, o Swiss Perfect permite definir como se quer usar o Solkoff/Buchholz, possibilitando qualquer tipo de mediana. Nenhum dos dois admite o sistema Jugoslavo.

Luís Costa

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Matéria no Jornal "O Patriota"


MATÉRIA NO JORNAL "O PATRIOTA"

A maioria dos moradores do Ipiranga-Aclimação já se acostumou com a figura de um corredor meio loiro, meio ruivo, cabelos compridos e um excelente astral, que sempre marca os seus milhares de passos de corrida ao som de um grito de "uhh..uhhh"

Bem, trata-se do super-maratonista, Roberto Losada Pratti, responsável pela inclusão de centenas de pessoas na prática desse esporte. Com a sua simpatia e alegria, o "Jesus" das corridas consegue ajudar uma enorme quantidade de pessoas a praticarem esse esporte de modo melhor e mais cientifico.

O grande Roberto tb. possui uma coluna de esportes em um jornal de bairro da região, o "O Patriota". Na edição 690 desse jornal (semana de 19 de setembro), ele nos brindou com uma matéria de divulgação do espaço que o Xadrez de Rua ocupa.

Fica aqui o nosso agradecimento a ele, pela gentileza e consideração.

Além da coluna de esportes no jornal "O Patriota", Roberto mantém um outro jornal cuja temática cenral é o esporte de corridas: "Jornal Atividades Físicas". Excelente espaço de informação sobre o atletismo brasileuiro. Fica o convite para quem desejar informções detalhadas:

www.atividadefisica.net

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Texto do AI Carlos Oliveira Dias

O ÁRBITRO
FORMAÇÃO TÉCNICA, HUMANA E SÓCIO DESPORTIVA

por Carlos Oliveira Dias


O ÁRBITRO

O árbitro de xadrez é um juíz, um regulador. É pois, parte integrante do jogo. Condicionado às regras e leis da modalidade, do bom senso e da ética.

O árbitro de xadrez tem uma particularidade em relação aos árbitros de outras modalidades, que regra geral são ex-praticantes ou ex-dirigentes. No xadrez não existem ex-praticantes. É uma modalidade desportiva que se pode praticar durante toda uma vida. Como tal, e dada a paixão que o jogo desperta em todos os que à modalidade estão ligados, ser árbitro de xadrez é um verdadeiro sacerdócio. Um árbitro de carreira, vai forçosamente ter de abdicar de jogar frequentes vezes. Errada é, todavia, a idéia de que só vai para árbitro quem não tem qualidade escaquística suficiente para triunfar no tabuleiro. Optar por uma carreira na arbitragem, é optar por servir a modalidade numa outra forma. O árbitro é o garante do cumprimento das regras do jogo. Sobre ele assenta a responsabilidade do bom funcionamento e da verdade desportiva de uma competição. Da sua actuação advém também uma vertente pedagógica. Ao ser o garante das regras do jogo, o árbitro assume uma faceta pedagógica, que deve ter particular e redobrada importância quando a sua actuação visa os mais jovens e os escalões de formação.

Dada a exigência de competência que é feita a um árbitro, a sua formação técnica assume especial importância. Nesta formação estão compreendidas as técnicas de arbitragem.

O árbitro deve ter um profundo conhecimento das regras do jogo. Não basta saber o seu conteúdo. É necessário ler nas entrelinhas e entender o que a interpretação das regras deixam pressupor.

No que às técnicas de arbitragem diz respeito, e que variam de árbitro para árbitro o importante é definir um padrão de actuação. A criação por parte do árbitro de técnicas de arbitragem permite evitar problemas no decorrer de uma competição. O árbitro é tanto melhor quão menores os problemas surgidos numa sua actuação.

Um árbitro cauteloso e atento pode evitar situações de risco. Nos aspectos técnicos realce para os seguintes itens:

1 – Antes do Torneio
2 – Antes da Partida
3 – Durante a Partida
4 – Apuros de Tempo
5 – Finish
6 – Semi-rápidas
7 – Rápidas

Numa escalpelização destes pontos, temos que:

1 – Antes do torneio, o árbitro deve "estudar" o regulamento do mesmo.

  • Ritmo de jogo
  • Sistema do torneio
  • Critérios de desempate
  • Critérios de distribuição de prémios
  • Horário e calendário

A análise da sala é também de importância capital

A iluminação e luminosidade; O ruído; a relação espaço-conforto; as condições jogadores público; local para análises; estruturas de apoio (WC/Bar/Sala de fumo);

A análise do material é também muito importante. Aqui há a realçar a triologia relógios/jogos/ impressos.

Relógios:

  • Se funcionam correctamente
  • Se caiem as setas à hora

Alerta para o facto de nos relógios convencionais, o dar a corda toda e prender a mesma, está na origem de 80% das avarias.

Jogos:

Aspectos a verificar:

  • Tamanho
  • Brilho
  • Relação peça/tabuleiro
  • Uniformidade das peças

2 – Antes da partida

  • Verificar a correcta colocação das peças
  • Verificar relógios – acerto e corda
  • Verificar se há registos de partida
  • Verificação colocação correcta de nomes e bandeiras

Dar inicio à sessão por gong, voz (grandes torneios) ou pondo os relógios em marcha (pequenos torneios). Accionar os relógios das brancas que ainda o não foram, caso que acontece mais frequentemente, quando os dois jogadores não estão presentes).

3 – Durante a partida

  • Controlar as condições de jogo
  • Observar silêncio da sala
  • Evitar conversas e saídas "reprimindo" os abusos.
  • Controlar periodicamente os relógios (hora a hora),
  • Controlar os registos de partida.

4 - Apuros de tempo

Cabe ao árbitro atento detectar quais as partidas de risco. O árbitro pode assim fazer, atempadamente, a distribuição dos apuros baseando-se no critério importância /agudeza.

O circular pela sala calmamente sem distrair ou incomodar os jogadores, permite ao árbitro ter uma percepção de onde vão surgir os apuros de tempo. Pode, assim, evitar o factor surpresa e pode também "canalizar" atempadamente os seus colegas para os diversos apuros.

Os apuros de tempo são a prova de fogo de um árbitro. São por assim dizer o clímax da partida. Por isso mesmo, requerem da sua parte uma postura cuidada. É conveniente uma aproximação calma e serena.

A brusquidão ao chegar a um apuro de tempo só serve para desconcentrar os jogadores. O tomar as notas durante os apuros de tempo é também importante. O árbitro deve conseguir anotar os lances dos jogadores. Todavia, o mais importante é assinalar a queda da seta. Como tal, aconselho o árbitro a ter um olhar periférico. Isto é, assim que tem a percepção de que a queda da seta está eminente, o árbitro deve fixar o olhar no relógio mantendo todavia uma olhadela no tabuleiro. Se não conseguir anotar os lances completos, deve pelo menos anotar a peça que foi jogada. Torna-se assim mais fácil a reconstituição da partida. Em caso de necessidade de reconstituição de uma partida deve o árbitro certificar-se de que a mesma foi correctamente feita e só deve abandonar o local após os dois jogadores terem completado o seu registo de partida. Nunca um árbitro deve virar as costas sem que tudo esteja regulamentarmente feito. Nem mesmo o fair-play dos jogadores deve fazê-lo relaxar.

5 – Finish

No Finish pode o árbitro adoptar a seguinte linha de actuação:

1º Critério:

  • Marcar as partidas críticas

2º Critério:

  • Acompanhar as partidas em que pode haver reclamação de empate.

Não aceitar reclamações com seta caída e não aceitar pedidos de empate em situações pouco claras.

6 – Semi-rápidas

O árbitro deve, neste ritmo, ter uma acção mais contida.

7 – Rápidas

Passividade. Só intervir se for solicitado.

Como se disse as técnicas variam de árbitro para árbitro. Uma deve todavia, nortear a sua acção:

A confiança. Assente na consciência do seu valor e da sua capacidade de resolver os problemas. E também na sua constante vontade de evoluir. O colocar a fasquia cada vez mais alta, leva-nos a progredir e aperfeiçoar os nossos métodos.

A um juíz de xadrez é exigido também um bom alicerce na sua conduta humana. Alheado das tendências unilaterais dos outros agentes da modalidade (jogadores/dirigent es/ público), o árbitro deve "impôr" a sua personalidade, isenção e carácter. Da conjugação das formações técnica e humana de um árbitro, nasce uma postura de justiça de isenção e transparência que permite ao árbitro uma credibilidade junto dos outros agentes da modalidade.

A personalidade vincada, a postura, o profundo conhecimento das regras e a imparcialidade são factores preponderantes no ajuizar da credibilidade de um árbitro por parte dos intervenientes numa competição.

A apresentação e aparência de um árbitro são alvo de uma observação que produz, à partida, a boa ou má imagem do mesmo.

Já no decorrer de uma competição são vários os factores que determinam o valor e a credibilidade do árbitro junto dos outros intervenientes, e o êxito da sua actuação.

  • Calma e confiança

O árbitro deve transmitir a ideia aos jogadores que sabe que está a fazer.

Que tem plena convicção das regras que está a aplicar. Deve contudo fazê-lo de uma forma calma e sem precipitações.

  • Isenção e verticalidade

São condições exigidas a um árbitro.

Um árbitro é um juiz que advoga e aplica leis e regras. Como tal deve ser uma figura cuja conduta não mereça qualquer reparo.

  • Passar despercebido

Não deve o árbitro ser arrogante e exibicionista. Afinal ele não é a primeira figura da competição.

A actuação de um árbitro é tanto melhor quanto menos se der por ele.

  • Ausência de carácter punitivo

O árbitro deve evitar condenar um jogador. Pode ser possível, derivado a um incidente anterior entre um árbitro e um jogador, que o juíz "marque" o referido xadrezista.

Regra geral, dá origem a erros provocados pela ânsia de punir.

Analisados os aspectos da formação técnica e humana do árbitro, cabe ainda uma nota, no sentido de conceder ao juíz um papel na tarefa pedagógica que deve ser levada a cabo por todos os agentes da modalidade.

O árbitro deve ser visto como um parceiro e não como um carrasco que determina, pela sua actuação, o mau desempenho dos jogadores ainda que, aqui ou ali, erre. Errar é humano e um árbitro não é um Extra-Terrestre.

Carlos Oliveira Dias (A.I. F.I.D.E.)

O Lance mais Honesto da História do Xadrez

O lance mais honesto da história do Xadrez

[Berto José Costa F=(048)241-2329 - Florianópolis, Abr/99]

Hoje em dia a prática de suspender uma partida para continuá-la numa próxima sessão é muito pouco utilizada. Os torneios de xadrez rápido e/ou relampago geralmente concluem todas as rodadas num dia ou no máximo em 2 ou 3 dias. Somente em alguns torneios de longa duração, do tipo todos-contra-todos e em matches pelo título de Campeão Mundial de Xadrez, esta regra é válida e pode ser acionada.

E isto normalmente acontece quando uma partida não chega ao fim depois de decorridos 4 horas de jogo. Neste caso, o “lance secreto” é selado em um envelope que fica em poder do árbitro até o reinicio da partida.

No seu livro “From beginner to expert in 40 lessons” (De iniciante a “expert” em 40 lições) Alexander Kostyev menciona o adiamento da partida entre CAPABLANCA e VIDMAR, em Londres/1922:

“VIDMAR esperou seu oponente com o propósito de abandonar a partida. O tempo foi passando mas CAPABLANCA não aparecia. Olhando para o relógio VIDMAR repentinamente constatou que a seta do seu adversário estava para cair. Não hesitando, o GM iogoslavo apressou-se em direção ao tabuleiro e só teve tempo de inclinar o seu Rei no exato momento em que o árbitro estava por declará-lo vencedor pelo tempo. A imprensa inglesa rotulou a ação de VIDMAR como “o mais belo lance jamais jogado numa partida de xadrez”.

Na verdade, a posição de VIDMAR na partida não estava tão ruim. Pderia até, em condições de jogo, tentar um empate e mesmo a vitória (veja a partida no final do artigo). No entanto, ao invés de vencer pelo tempo, pois o “lance secreto” era seu, abandonou, inclinando o seu Rei.

O que fez com que VIDMAR tomasse essa decisão nos segundos finais do tempo de CAPABLANCA só veio a ser conhecido anos mais tarde, através das MEMÓRIAS deixadas por VIDMAR:

“Quando nós saimos após suspender a partida, eu falei para CAPABLANCA que provavelmente teria que baixar minhas armas logo. Nós falamos em Frances, idioma que ele era tão pouco proficiente quanto eu. Ele assentiu gentilmente e nós nos separamos.

No recomeço da partida, o árbitro abriu o envelope selado, fez o meu lance no tabuleiro e acionou o relógio das Brancas. Um pouco mais tarde sentí alguém tocando o meu braço: “CAPABLANCA ainda não chegou”, disse o árbitro ansioso. “Ele já perdeu bastante tempo”, respondí e passei a observar outras interessantes partidas em andamento. Algum tempo depois, que não sei quanto, sentí a mão do árbitro novamente. Ele estava indiscritivelmente preocupado: “Em um minuto ou no máximo dois, o Campeão Mundial vai exceder no tempo”, disse.

Um opressivo sentimento de inquietação afligiu-me. E se, quando nós conversamos na saída, CAPABLANCA não entendeu o que eu havia dito? E se ele tomou minhas últimas palavras como sendo: “Eu abandono”, escritas no envelope selado? Então, se eu eventualmente ganhasse o 1º lugar no torneio mediante este não entendimento, o seria de uma forma desleal.

Com dificuldades eu forcei passagem através dos espectadores, cheguei na minha mesa e deitei o meu Rei, sem mais delongas. A seta do relógio caiu. CAPABLANCA apareceu, viu meu Rei deitado e sorriu gentilmente para mim.

Nós nunca conversamos a respeito da angústia que passei ou a respeito do perigo em que ele, não intencionalmente, se colocou. Eu preciso admitir que a minha posição não poderia ser salva se a partida fosse retomada.

Eu até esquecí este curioso incidente. Porém, em Nottingham/1936, o Presidente da Federação Britânica de Xadrez apresentou-me como “O HOMEM QUE FEZ O MAIS HONESTO LANCE JAMAIS VISTO NA INGLATERRA”.”

O torneio de Londres/1922 terminou com a vitória de CAPABLANCA com 12 pontos, seguido por ALEKHINE e VIDMAR com 11,5 pontos cada, sendo que o único ponto inteiro perdido por VIDMAR foi justamente o da partida contra CAPABLANCA. Poderia portanto, ter obtido o 1º lugar, não fosse os ditames honestos da sua consciência.

Eis a partida:

Capablanca,J - Vidmar,M [D64]
London 1922 - Round 13

1.d4 d5 2.Cf3 Cf6 3.c4 e6 4.Cc3 Be7 5.Bg5 Cbd7 6.e3 0–0 7.Tc1 c6 8.Dc2dxc4 9.Bxc4 Cd5 10.Bxe7 Dxe7 11.0–0 b6 12.Cxd5 cxd5 13.Bd3 h6 14.Dc7 Db4 15.a3 Da4 16.h3 Cf617.Ce5 Bd7 18.Bc2 Db5 19.a4 Dxb2 20.Cxd7 Tac8 21.Db7 Cxd7 22.Bh7+ Rxh7 23.Txc8 Txc8 24.Dxc8 Cf6 25.Tc1 Db4 26.Dc2+Rg8 27.Dc6 Da3 28.Da8+ Rh7 29.Tc7 Dxa4 30.Txf7 Dd1+ 31.Rh2 Dh5 32.Dxa7 Dg6 33.Tf8 Df5 34.Tf7 Dg6 35.Tb7 Ce4 36.Da2 e5 37.Dxd5 exd4 38.Tb8 Cf6 39.Dxd4 Df5 40.Txb6 Dxf2 41.Dd3+ Rg8 42.Tb8+

Neste ponto VIDMAR teria feito o seu “lance secreto”, o qual não se conhece (seguramente 42….Rf7), porém no último momento mudou para ABANDONO. (1–0)

Fontes: From beginner to expert in 40 lessons - Alexander Kostyev.
Fairest of them all – Larry Evans.
Banco de dados do autor.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Coisas do Xadrez.....


TEXTO DE GUTO FARIA, O AUGUSTO DO XR

Crônica: Coisas do xadrez

. . . mas é verdade

Tem coisas que, apesar de ser verdade, tem cara de mentira, e se contar ninguém acredita. Aliás duas, que sempre conto quando me dizem, que não acreditam.

Por exemplo..
Quando jovem, resolvi transformar em tabuleiro, um resto de compensado
que aguardava na garagem, para viver seu nobre destino.
Tinta branca, duas demão, espero secar. Durex, papel e um estilete,
cobri as casas que deveriam continuar brancas. Com tinta tipo spray
cinza- metálico, com certeza resto de um reparo na lataria do carro, que meu pai iria precisar novamente, comecei meu trabalho.
Na segunda demão , apareceu uma barata, dessas grandes, cascudas,
que pela pressa e direção, com certeza queria entrar no jogo. Dei-lhe uma boa pintura e ela morreu, ou quase. Nos retoques finais, ela, - a barata- deu sinal de vida, lenta, mais viva. Um segundo jato, no capricho e ela morreu, pensei eu.

Muitos xeques-mate depois, no improvisado tabuleiro, numa roda de amigos, alguém disse:
-- Vou contar uma coisa... não, não vou não, ninguém acredita.
-- Conta, - começo - fala. Insisti, ele continuou um tanto quanto inseguro.
-- Eu estava passando nesta calçada e vi uma barata, mas era diferente, perecia aqueles coisas que as mulheres usam nas roupas.
-- Um broche?- disse eu, já prevendo o lance seguinte.
-- É, e eu quase pego, mas ela andou, era uma barata, tenho certeza, linda... mas uma barata que tinha uma cor...esquisita, diferente, meio sei lá...
– Metálica, acinzentada ? - completei.
– É, é... você acredita? - ele com entusiasmo infantil
– Claro, foi eu que pintei.
Ele não acreditou,....nem os outros, que riam de
dois mentirosos, ...mas é verdade.

Na proxima, eu conto como empatei com um grande mestre.
Guto Faria


Haicai : Saber xadrez Existe razão ?!
Xeque mate de peão
Não é ilusão.
Guto Faria.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

As Eleições Municipais e o Xadrez

TEXTO DE GUTO FARIA, O NOSSO GLORIOSO AUGUSTO DO XR


Esta aberto o torneio “PREFEITURA DE SÃO PAULO. Estou analisando apenas pelos resultados, uma vez que não tenho saco para assistir os embates. O Grande Mestre Maluf, parece não ter mais a força de antigamente, e como no xadrez não da para roubar, acredito que deva abandonar antes do segundo turno. As partidas entre Alckimin X Kassab, tem sido sem brilho,

e nenhuma novidade teórica, se apresentou até agora. As velhas linhas de sempre, todas com pontos fracos, e inúmeras debilidade. Alckimin expõem sua dama, logo na abertura para um corpo a corpo com os peões. Kassab se defende como bode, digo como pode ??? cavalo NO MEIO do tabuleiro é o seu ponto forte ?! (Veja KASSAB X POVOV - variante irritante)

A sensação do torneio vem sendo, mesmo Soninha, apresentando uma linha de jogo pouco agressiva mais com boa consistência nas aberturas. No entanto para chegar ao segundo turno, deveria optar pôr uma linha de jogo... digamos, mais atual. Tipo CANDIDATA DE TANGA / MULHER MANGA !! dança tango na ala do rei, GOSTOSA E MADURA PARA a PREFEITURA. CAVALO É FOGO da DUPLO, sentido no JOGO. Exclama Soninha !

Entre os grandes, “ MESTRES “ D. Marta é uma forte candidata ao titulo. Sempre bem assessorada, raramente interroga. RELAXA E JOGA !? (Veja Gambito da dama variante ministra)

Aparentemente abandona o REI, que fica numa casa qualquer sem cobertura, comida, roupa lavada etc. .. – ABANDONA MEU FILHO ! !

Política assim como xadrez é um jogo ( sujo). 1 e4 ...e5 e daí? Bispo pede voto, MUITOS EFEITOS ESPECIAIS, capivara gosta, E TAMBÉM VOTA. A população de peões,

se vira como pode no centro. E o jogo demora, meia hora.

Segundo o sistema de pesquisa: Levi perde pôr W.O., Edmilsom joga partida RUSSA e

empata com Reichann. Ciro perde para ele mesmo. Num jogo chato, DE FATO.

PROMESSAS a parte, ASSIM COMO AS VARIANTES, são muitas, mas creiam

depois de eleitos, sacrificam os peões, DOBRAM AS TORRES, ou até triplicam SEU VALOR, QUE superfaturadas, TUDO TEÓRICO, faturam fácil. MEU NOME É KARPOV ! VÊ SE PODE ?

Na ultima rodada, sem direito a replica, Marta implica, com Maluf que contra ataca

com TÁTICOS, As boas e velha(cas) táticas de sempre. Kassab, esquece que ele é o atual prefeito

e exclama, quando reclama dele mesmo. Alckimin...Alckimin... – Já acabou, vai PRA casa.

IVANOV LEVA XEQUE MATE -- Nele até eu.

Vote em mim !!! CAVALO DO REI para REI !!!

NOTA DO EDITOR. ZERO VIRGULA 0.


segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Olimpíadas no Brasil ??




Texto de Aurélio Miguel, extraído do site www.atividadefisica.net


O fim das Olimpíadas de Pequim traz em seu bojo uma série de questionamentos e reflexões sobre a atuação dos atletas brasileiros, os investimentos feitos pelo poder público e as perspectivas de futuro para o esporte olímpico nacional. Não é factível que a análise da participação brasileira nas Olimpíadas se restrinja apenas ao quadro de medalhas ou a performance de determinados atletas.

A discussão, que envolve a realização das Olimpíadas no Brasil em 2016, e que se faz necessária e indispensável, precisa ocorrer de maneira ampla trazendo para o centro do debate os principais atores da sociedade brasileira que necessariamente estão envolvidos em um projeto desse porte e, em sua grande maioria, estão alijados do tema. Não é crível discutir uma Olimpíada no Brasil ouvindo apenas os executivos do COB e os dirigentes do Ministério do Esporte.

Afinal, de que adiantaria realizarmos uma edição impecável dos Jogos Olímpicos apenas para consumo externo se internamente não tivermos corrigido as distorções sociais que destroem qualquer perspectiva de dignidade e cidadania para nossos jovens? Por isso a importância de um envolvimento profundo de Profissionais das áreas de Educação, Saúde, do Turismo, de ex-atletas e da iniciativa privada. Todos precisam ter voz neste assunto de tanta relevância.

A questão de uma política pública do esporte para o Brasil precisa deixar de ser apenas cosmética. Mas qual caminho seguir?

Se os governantes e dirigentes esportivos querem mesmo realizar as Olimpíadas no Brasil, poderiam começar fazendo o dever de casa que passa obrigatoriamente por escolas com qualidade de ensino decente, professores bem remunerados e equipamentos esportivos de qualidade para a iniciação e prática das mais diversas modalidades. Os atletas de ponta do país certamente sairão dessa massificação esportiva. as Federações e Confederações precisarão atuar como linhas auxiliares neste grande projeto, proporcionando condições para a transição dessa garotada para o esporte de competição e alto rendimento.

O exemplo não é novo, mas é como as nações do andar de cima tem tratado o esporte. Estados Unidos, França, Espanha e outros países aplicam com seriedade no esporte escolar. O resto, melhor dizendo, as medalhas olímpicas, são conseqüência. é necessária decisão política para tocar a bola pra frente.

Os Profissionais qualificados para implementar projetos existem; o que falta efetivamente é a abertura ao debate político, incentivando novas propostas e dando continuidade as bandeiras que mostraram resultado. Caso contrário, continuaremos a ser apenas uma promessa de país do futuro, inclusive no esporte.


Mais uma sobre Arbitragem - AI Antonio Bento

Pergunta: Num torneio aberto, no nervosismo de uma partida, involuntariamente, o jogador inverte a anotação na súmula da partida, registrando o lance das brancas no campo das pretas e vice-versa. E no final da partida entrega a súmula com a assinatura dos dois jogadores, mas com o resultado trocado. Obviamente, o árbitro faz o emparceiramento com base nos escores constantes das planilhas. No início da rodada seguinte os dois jogadores percebem o equívoco e alertam ao árbitro, que não aceita a reclamação (as regras do torneio eram claras, valeria o resultado registrado na súmula). Deveria o árbitro refazer o emparceiramento, mesmo atrasando a rodada, ou é absoluta a regra de que vale o escore que está escrito na planilha assinada pelos dois jogadores?

Resposta: Vejamos o que diz a lei do xadrez sobre episódios da espécie: "Terminada a partida, ambos os jogadores devem assinar as duas planilhas, indicando o resultado do jogo. Mesmo se incorreto, este resultado permanece, a menos que o árbitro decida de outra forma." (art. 8.7)

Como se pode observar o legislador deixou a critério do árbitro, manter ou não, o resultado registrado nas planilhas entregues. Em princípio, o resultado - mesmo que incorreto - permanece. O árbitro pode todavia decidir de outra forma.

Conclusão: O árbitro agiu corretamente. É claro que o emparceiramento da rodada, após oficialmente divulgado (tornado público), não pode ser modificado, exceto no caso de violação de critérios absolutos, consoante o disposto no FIDE HANDBOOK C.06.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Conduta na Arbitragem

Aqueles que frequentam e jogam torneios, sabem que a arbitragem é sempre um assunto polêmico. As regras do xadrez são genéricas e indicativas, cabendo ao árbitro a tomada da melhor decisão, em cada caso analisado.

Marcos Antonio Natal Gomes (marcosnatal@gmail.com) um dos nobres comentaristas do grupo de discussões Academia de Xadrez, do Yahoo, tradicionalmente me envia notícias e curiosidades enxadrísticas, por e-mail.

Nesse caso, reproduzo aqui, uma dúvida sobre arbitragem, respondida pelo grande AI Antonio Bento. Mais do que o caso específico, a resposta aponta para uma linha de conduta daqueles que desejam realizar uma boa arbitragem:


Reivindicação de empate com base no art. 10.2 - Adversário está em rede de mate!
Vocês sabiam disso?

A resposta é do AI Antonio Bento de Araujo Lima Filho.
Pergunta: Um jogador chama o árbitro alegando que o seu adversário não tem como ganhar a partida e demonstra a seqüência de jogadas que o leva a ganhar a partida, analisando todas as respostas possíveis de seu adversário (o famoso mate em cinco ou mate forçado em mais lances). Se o árbitro observar que a seqüência dada é correta, deve declarar a partida empatada? Ou deve deixar o jogo prosseguir até que um dos jogadores dê mate ou que alguma seta caia?

Resposta: Não compete ao árbitro analisar posições da partida para verificar quem está ganho, quem está melhor, quem está pior! A posição não tem a menor importância. Além disso, não existe nenhum dispositivo na lei do xadrez que garanta a vitória para o jogador que disponha de mate em 1, 2, 3, 4 ou 5, etc... Vale lembrar, também, que a lei do xadrez tem duas partes: uma trata das regras do jogo e a outra versa sobre as regras da competição. E o fator tempo é importante também, visto que a queda de seta (devidamente acusada) implica na perda da partida, a não ser que o adversário não tenha material para dar MATE. O árbitro não pode decretar empate nestas situações, uma vez que estaria agindo, desastradamente, interferindo no resultado normal de uma partida. Deve, portanto, deixar a partida prosseguir.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

SÃO AS MELHORES CABEÇAS QUE O DIZEM...

Passeando pela Web com o objetivo de encontrar algumas coisas interessantes e postá-las aqui, deparei com um conjunto de frases e/ou comentários de algumas personalidades históricas, versando especificamente sobre o Xadrez.


* O Xadrez elevará o teu espírito e será teu conselheiro na guerra. - Aristóteles
* O Xadrez é um mestre que fortalece o espírito e liberta do sofrimento. - Einstein
* O Xadrez não é uma fútil distração; permite desenvolver em nós as qualidades do espírito mais necessárias na vida. - Benjamin Franklin
* O Xadrez é uma ciência. - Leibniz
* O Xadrez é uma ginástica da inteligência. - Goethe
* O Xadrez é muita ciência para ser jogo e muito jogo para ser ciência. - Montaigne
* O Xadrez é semelhante à vida. - Cervantes
* O Xadrez é um jogo honrado. - Shakespeare
* O Xadrez é uma necessidade tão imperiosa como a literatura. - Turgeniev
* O Xadrez, como o amor; como a música, tem a virtude de fazer os homens felizes. - Tarrasch
* Das qualidades necessárias ao jogo de xadrez, duas essenciais: vista pronta e paciência beneditina, qualidades necessárias na vida que também é um xadrez, com seus problemas e partidas, umas ganhas, outras perdidas, outras nulas. - Machado de Assis
* O Xadrez é um jogo absolutamente lógico que tem suas leis gerais que se podem compreender intuitivamente ou trabalhando muitíssimo. - Kasparov

* Xadrez é o jogo que mais reflete a honra da sagacidade humana -Voltaire
* O tabuleiro de Xadrez é o mundo, as peças sãos os fenômenos do Universo, as regras do jogo são o que chamamos de leis da Natureza. O jogador do outro lado somos nós. - acho que a idéia seria essa... - Huxley
* Xadrez é eminentemente e enfaticamente o jogo do filósofo - Paul Morphy

E para terminar, nada melhor do que algumas frases, do sempre polêmico, Robert James Fischer:

* Não fale para mim em perder. Não consigo pensá-lo.
* O xadrez é a vida.
* Sou um indivíduo detestável. Meus ideais são xadrez e dinheiro. Quero ser riquíssimo. Todos querem sê-lo, porém ninguém o diz.
* No xadrez, há dois tipos de jogadores: os bons e os fortes. Eu sou dos fortes.



Nada mais elucidativo do que a saberia humana tentando explicar o que é o Xadrez.....

Pequena História do Xadrez de Rua


Era uma vez, alguns enxadristas de internet que, um dia, resolveram se encontrar e jogar pessoalmente. Sugeriram um local de conhecimento de um deles, no Bairo do Ipiranga, e foram jogar. O local escolhido foi a calçada da tradicional ROTISSERIE E RESTAURANTE DO MÁRIO, pertinho do Museu do Ipiranga. Nascia, assim, a ASSOCIAÇÃO DE JOGADORES DE XADREZ DE RUA, em atividade desde o final de 2000. Com a divulgação pela internet e pelo charme do local, o XADREZ DE RUA se transformou no 1o. Clube de Xadrez a céu aberto da Cidade de São Paulo. Venha você também participar com a gente. A nosso idéia é fazer amigos, divulgar o xadrez para todos, tomar cerveja, contar piadas, e... bem... também jogamos xadrez.

Estamos sempre juntos, as 4as. feiras (a partir das 18:00) e aos sábados (a partir das 15:00).. Praça Min. Fagundes Filho, em frente ao HOSPITAL E MATERNIDADE SÃO CAMILO - IPIRANGA

SEJAM TODOS BEM VINDOS